Leia um trecho abaixo do livro
Nota ao leitor: o trecho abaixo representa um instante suave dentro da obra. A narrativa completa percorre territórios mais densos, mais íntimos e mais intensos. Este recorte é apenas um sopro — o livro respira por outras profundezas.
F fomos para a varanda. Éramos só nós dois. Aproveitei os primeiros minutos para tentar decifrar quem era aquela mulher. Mas suas respostas eram evasivas, sempre envoltas em enigmas. Frequentemente, devolvia minhas perguntas com uma inversão desconcertante.
Dispunha de uma habilidade rara de conversar sem revelar emoção, mantendo os olhos frios, distantes, indecifráveis. E toda vez que levava o copo aos lábios, parecia que uma nova pergunta surgia — certeira — enquanto aquele foco insistente sobre mim me desarmava por completo.
Naquele instante, o mundo inteiro se reduzia ao metro quadrado que compartilhávamos. Levantar dali — mesmo para encher o copo — seria um desperdício. Estávamos afundados num duelo hipnótico. Uma dança onde o cavalheiro mal percebia os próprios passos.
— Ontem, você mandou uma foto com duas taças de vinho. Hoje, chegou quase ao amanhecer. E amanhã... o que me espera?
Ela me encarou. O sorriso no canto dos lábios cortava — preciso, afiado.
— Não gostou da foto? Ou não está tão seguro assim sobre me querer aqui?
Ela sabia jogar. Qualquer resposta que eu desse a colocaria em vantagem. Não podia ser indelicado, tampouco me permitir uma posição vulnerável. Mantive o tom leve e disse que a ideia de a festa acabar ali era impensável — e que, na verdade, minha única preocupação era se o vinho da noite anterior não lhe deixara com ressaca.
Hábil, ela não reagiu. Cada tentativa de desestabilizá-la retornava num distanciamento sutil que tornava a conversa morna e imprevisível. Às vezes, me provocava perguntando se eu estava bem ou se queria beber água. Nesses momentos, eu pensava muito em como poderia me proteger dos meus acessos mais primitivos.
Tudo seguia seu curso natural — aquela dança sem rumo — até que ela mudou a postura, num gesto sutil, porém cheio de intenção. Foi ali que entendi: nada naquela noite era acaso.
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Para quem sente que algo profundo está adormecido dentro de si — e quer acordar. Este livro é para quem busca mais do que uma história: quer uma experiência emocional, intensa, verdadeira.
Ao tocar zonas que a rotina não alcança. Ele abre espaço para reflexão, desejo, memória e reencontro com sentimentos que talvez tenham sido silenciados.
Cada pessoa é atravessada de um jeito. Alguns leitores relatam identificação, outros sentem desconforto, provocação, desejo. Mas dificilmente alguém passa ileso. Não é sobre finais previsíveis — é sobre atravessar.
Nenhuma. A história não depende de repertório literário. Ela conversa com a sensibilidade de quem lê, não com suas prateleiras.
Depende do que se chama de felicidade. O desfecho não entrega certezas, mas abre uma porta. Para alguns, isso basta.
Não há garantias. Há intensidade, entrega e um pacto silencioso entre quem escreveu e quem decide mergulhar. Se não gostar, o autor garante: devolve o valor. Sem perguntas.
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A maioria lê em 1 a 2 noites. Mas há quem prefira deixar o livro na cabeceira e saborear aos poucos. Ambos os caminhos funcionam.
Ele não tenta agradar. Tenta tocar. Sem fórmulas, sem personagens caricatos, sem finais embrulhados. A escrita é direta, mas guarda camadas — para quem quiser desdobrá-las.